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terça-feira, 12 de julho de 2011

O caminho da longevidade

Rato-toupeira-pelado: o único verdadeiro super-herói, cujo DNA pode nos salvar




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O rato-toupeira-pelado é a maior prova de que aparência não é tudo nessa vida: existem outras coisas mais interessantes, como viver dez vezes mais do que outros mamíferos do seu tamanho, suportar condições extremamente duras sem sentir um pingo de dor ou desagrado, e derrotar o câncer.

O rato-toupeira-pelado é tudo isso, e nem sequer sabe. Não é surpreendente, portanto, que pesquisadores britânicos estejam sequenciando o genoma do roedor à procura de pistas para tanta longevidade e coragem.

O projeto inicial de sequenciamento do genoma já está completo e foi colocado na internet para que vários outros pesquisadores o possam acessar, na esperança que biólogos e geneticistas consigam desvendar o mistério por trás da dureza única do rato-toupeira-pelado.

Por exemplo, os ratos-toupeira-pelados vivem cerca de 30 anos, enquanto ratos comuns vivem cerca de 4. E pior: eles vivem em ambientes hostis, subterrâneos, onde o oxigênio é escasso.

Eles também apresentam resistência a uma série de doenças, nomeadamente o câncer. Não há mortes registradas devidas ao câncer em ratos-toupeira-pelados nas décadas de estudos dedicados às criaturas – e isso faz do seu genoma um terreno de caça rico para pesquisadores que querem identificar marcadores genéticos do câncer ou mecanismos de resistência à doença.

E essa não é a única peculiaridade interessante que os pesquisadores gostariam de explorar no genoma do animal. Pesquisas anteriores mostraram que eles não sentem dor na pele e são surpreendentemente resistentes a derrames; os roedores já são imbuídos de uma baixa taxa metabólica, que lhes permite viver com menos oxigênio, mas esta característica física pode ir além do simples metabolismo.

Acabou? Não. Esses ratinhos também são a prova de ácido, que não parece queimá-los. Só falta descobrirem que eles são geneticamente predispostos a parar balas no ar. Em outras palavras, o rato-toupeira-pelado, embora não completamente indestrutível, é um sobrevivente com quem temos muito o que aprender – pelo menos no que diz respeito a truques genéticos; e o projeto genoma é só o começo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Amigdalite



Amigdalite.

O que são as Amígdalas (Tonsilas Palatinas)


As Amígdalas são pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoa, localizados da parte de trás da boca, ao lado da garganta. Embora Acredite-se que sirvam para ajudar a evitar infecções, produzindo anticorpos, elas não tem funções especificas . As amígdalas também são chamadas de tonsilas palatinas e podem ser vistas quando se abre bem a boca.

Quando as amígdalas se inflamam chamamos de amigdalite .

As Adenóides


Adenóides são estruturas semelhantes às amígdalas. Estão localizadas atrás do céu da boca (pálato mole) e não podem ser vistas quando se abre a boca. Da mesma forma, quando estão funcionando adequadamente, ajudam a prevenir infecções. As Adenóides podem causar sérios problemas quando estão infeccionadas ou aumentadas. A Inflamação das adenóides chama-se Adenoidite.

Quais são os sintomas da Amigdalite?

Os sintomas da amigdalite podem variar bastante dependendo da causa da infecção e podem ocorrer subitamente ou progressivamente. Os sintomas mais comuns são:

* Dor de garganta

* Febre (alta ou baixa)

* Dor de Cabeça

* Diminuição do Apetite

* Mal-estar geral

* Náuseas e vômitos

* Dor no pescoço

Vermelhidão na garganta podendo ou não apresentar pontos de pus (Pontos amarelados)

MPORTANTE: Os sintomas da amigdalite podem ser comuns a outras doenças graves e sempre devem ser vistos por um médico. Sempre consulte um médico no caso de ter dor de garganta.

Quais são os sintomas de Adenoidite ou Adenóides aumentadas?

Os sintomas da adenoidite também podem variar bastante, dependendo da causa da infecção e podem se iniciar subitamente ou lentamente. Estes são os sintomas mais comuns:

* Respiração bucal

* Respiração ruidosa

* Roncos

* Pequenos períodos de parada respiratória durante o sono (apnéia)

* Voz anasalada

IMPORTANTE: A automedicação pode ser perigoso para a saúde, pois, os mesmos sintomas podem apontar para doenças mais graves e merecem atenção de um médico.

Tratamento para Amigdalites e Adenoidites

O tratamento específico das amigdalites e adenoidites depende basicamente de:

* Idade, condições gerais de saúde e antecedentes médicos

* Extensão da infecção

* Tipo de infecção

* Tolerância do paciente para medicamentos, internações e procedimentos

* Evolução das inflamações e infecções

* Parecer do paciente e/ou da família

Os tratamentos podem ser clínicos (com medicamentos) ou cirúrgicos dependendo da causa, extensão, repetição ou severidade dos quadros. Antibióticos são úteis para ajudar o organismo a combater as infecções, mas nem sempre são necessários. Só o médico deve prescrevê-los. A automedicação muitas vezes é prejudicial.

Algumas vezes, os quadros não se resolvem clinicamente e nestes casos, o médico poderá propor um tratamento cirúrgico.

Quais as razões para se remover as amígdalas e adenóides?

As razões variam de caso a caso. A seguir estão as mais comuns, encontradas na literatura médica e nos consensos ou diretrizes das organizações médicas:

* Apnéia do sono (períodos onde o paciente pára de respirar enquanto dorme)

* Distúrbios da deglutição

* Tumores na garganta ou na passagem de ar pelo nariz

* Sangramento das amígdalas e adenóides que não cessam

* Obstrução nasal significativa ou respiração desconfortável

As dores de Garganta podem estar associadas com:

* Febre entre 37.1 a 41.5 graus Celsius

* Secreção purulenta (pus) nas amígdalas

* Cultura para bactérias positiva para Streptococcus

As razões seguintes são relativas e devem ser analisadas individualmente nos casos de indicação cirúrgica:

* Ronco

* Amigdalites de repetição ou abscessos de amígdalas

* Otites de repetição

* Perda Auditiva

* Sinusite crônica ou sinusites de repetição

* Respiração bucal constante

* Mau hálito

* Aumento exagerado das amígdalas

IMPORTANTE:

As indicações de cirurgia serão sempre individualizadas de acordo com o estado de saúde do paciente, após uma avaliação médica. Não existe ainda relação cientificamente comprovada que a cirurgia de amígdalas e adenóides altere o apetite, previna gripes ou melhore alergias, embora isto possa ocorrer.

Como é a cirurgia de amígdalas e adenóides ?

Esta é a segunda cirurgia mais freqüente realizada em crianças nos Estados Unidos (cerca de 400.000 por ano) e, acreditamos ser no Brasil também. Em geral, é realizada em curto período de internação, entre algumas horas e um dia. Raramente, alguns pacientes ficam internados por mais de 1 dia, principalmente se:

Não estiverem deglutindo bem alimentos líquidos após a cirurgia. Tiverem outros problemas associados. Tiverem alguma complicação após a cirurgia, tal como sangramento.

Durante a internação, outros profissionais de saúde entrarão em contato com a famíla:

Enfermeiras da unidade de internação, do centro cirúrgico e da sala de recuperação pós-anestésica. Cirurgião especialista em Otorrinolaringologia Anestesiologista -que fará as perguntas sobre a saúde do Paciente e fará um exame físico para avaliar as condições clínicas antes da cirurgia (Visita pré-Anestésica). Poderá ou não ministrar algum medicamento que ajude a tranqüilizar o paciente.

Na sala de cirurgia, o paciente será anestesiado, para que o cirurgião possa remover as amígdalas e/ou adenóides. A cirurgia é realizada inteiramente por dentro da boca. Em alguns casos, serão necessários uns 2 ou 3 pontos, na cirurgia das amígdalas, que não precisam ser retirados, pois serão absorvidos pelo organismo. Na cirurgia de adenóides, em geral, os pontos não são necessários.

Após a cirurgia o anestesiologista "acorda" o paciente e o encaminha para a sala de recuperação pós-anestésica. Quando estiver bem acordado, será reencaminhado ao quarto, junto da família.

O tempo mínimo de internação, após a cirurgia, habitualmente é de 6 horas. Pode ser maior, caso seja necessário um acompanhamento mais próximo. Em alguns casos, como já foi comentado, será interessante que o paciente fique até o dia seguinte para uma melhor recuperação.

A complicação mais comum é o sangramento que deve ser notificado com urgência à enfermeira do andar que tomará as providências necessárias. Se o sangramento for severo, pode ser que haja necessidade do paciente retornar à sala de cirurgia.

E após a cirurgia?

O cirurgião o orientará sobre a medicação e os cuidados a serem tomados.

Basicamente:

Alimentação

Analgésicos, se necessário

Repouso pelo tempo recomendado

Quais são os riscos da Amigdalectomia e/ou Adenoidectomia?

Qualquer tipo de cirurgia tem algum risco. Assim como sair de carro numa estrada num fim-de-semana ou andar de avião. Viver é altamente arriscado.

A questão é se o risco é alto ou baixo e se o Hospital tem equipamentos para controlar eventuais complicações que surgirem. Estatísticas norte-americanas dizem que 5% das crianças operadas tem sangamento entre 5 a 8 dias após a cirurgia.

Em nossa realidade, isto não tem acontecido. Aliás, em minha prática cirúrgica desde 1987, nunca tive que reoperar uma criança por sangramento. Em adultos, isso é mais frequente e já tive 2 casos que tiveram que voltar à sala cirúrgica para cauterizar um vaso sangrante, entre 1987 e 2002.

Outras complicações descritas são:

Desidratação (devido a ingestão inadequada de líquidos; se for severa, uma hidratação por veia será necessária)

Febre (se for baixa não é uma complicação verdadeira e faz parte do quadro)

Dificuldade de respiração (por inchaço dos tecidos da garganta)

Onde mais a Família pode ajudar?

É normal e compreensível que a família fique um tanto ansiosa, enquanto seu filho(a) ou neto(a) esteja sendo operado, mesmo que tudo tenha sido explicado detalhadamente antes da cirurgia. No entanto, ficar ligando para o Centro Cirúrgico para saber "como vai indo a cirurgia" é desagradável e ocupa as linhas telefônicas, que poderiam estar sendo usadas para comunicar quadros graves e que necessitem de comunicação urgente através desta via. É melhor combinar com o cirurgião que, assim que acabar a cirurgia, ELE liga para contar como foi. Também é compreensível que se queira maiores informações sobre o problema do paciente e, principalmente, sobre a cirurgia a qual será submetido. Isto é uma prerrogativa da consulta médica em consultório e deve ser restrita a este ambiente. Evite, portanto, solicitar ao médico que repasse todas estas informações, nos minutos que antecedem a cirurgia ou logo após. Isto vale, principalmente, para os familiares e/ou amigos que comparecem apenas no Hospital para se solidarizar com a família ou com o paciente.

As amígdalas são uma massa de tecido linfóide de forma ovalada situadas na parte posterior da garganta. Elas fazem parte do sistema imunitário e são uma componente importante na aquisição de defesas do organismo contra as infecções. Juntamente com os adenóides, as amígdalas protegem contra as infecções do tracto respiratório superior.

As amígdalas desenvolvem-se gradualmente a partir do nascimento e atingem a sua dimensão máxima cerca dos 7 anos de idade. As amígdalas fazem parte do sistema linfático de waldeyer. São ricas em tecido linfóide, participando na produção de linfócitos B e linfócitos T (responsáveis pela imunidade).

Os linfócitos B estão ligados à produção de anticorpos séricos específicos, como as: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE, ao se transformarem em plasmócitos, por estímulos antigénicos. Assim as amígdalas e a faringe, fazem parte dos mecanismos de protecção imunitária do organismo, através de suas formações linfóides.

2 - O QUE SÃO AMIGDALITES ?

São um processo infeccioso da garganta que atinge isoladamente as amígdalas palatinas.

3 – TIPOS DE AMIGDALITES

Amigdalites agudas

Amigdalites crónicas

3.1 - AMIGDALITES AGUDAS

3.1.1 – Amigdalite banal ou eritematosa - de origem víral (Adenovírus, Epstein-barr, Citomegalovírus, vírus da parotidite.......), e quando o vírus diminui as resistências locais, pode predispor a outra infecção por bactérias e formação de pontos brancos purulentos – Amigdalite eritemato-pultácea ( Streptococos, tafilococos, Pneumococos, Influenza).

3.1.1.1 - Sinais / Sintomas

* Febre alta

* Mal estar

* Amígdalas hipermeadas

* Amígdalas hipertróficas

* Amígdalas cobertas de pús (amigdalite eritemato-pultácea)

* Anorexia

* Odinofagia

* Talvez otalgia reflexa

* Aumento dos nódulos linfáticos cervicais

3.1.1.2 - Complicações

Locais:

Abcesso periamígdalino, Fleimão cervical

Gerais:

Alterações renais, vasculares, viscerais,febre reumática.

3.1.1.3 - Terapêutica

Antibiótico específico para o agente infeccioso mais frequente: PENICILINA (IM 1.200.000U), ou se alergia ERITROMICINA.

Desinfecção orofaringe.

3.1.2 –Amigdalite pseudo-menbranosa ou diftérica (falsa mebrana)

Caso raro (por existir vacinação)

Não esquecer a mononucleose infecciosa

3.1.2.1 - Sinais / Sintomas

Exsudado fibrinoso sobre a parte posterior da garganta, revestindo toda a mucosa

Placas esbranquiçadas muito aderentes à superfície da amígdala

Febre baixa (forma leve)

Febre elevada (forma grave)

Isola-se o bacilo diftérico no exsudado

Mal estar geral

3.1.2.2 - Complicações

Extensão á laringe (pode levar a traqueostomia)

Coriza nasal - Gânglios aumentados

Compl. Nervosas ( paralisia véu do paladar, da faringe e laringe)

Compl. Renais (nefrite com hematúria)

3.1.2.3 - Terapêutica

Soro anti diftérico (40-60.000U/dia) nas formas graves, podendo ser a única forma de neutralizar as toxinas.

Penicilina e digitálicos, se necessário.

Anti-anafiláticos

Lavagem e desinfecção local

3.1.3 - Amigdalite ulcero - necrótica

Quando existe perda de substância e leva á necrose.

3.1.3.1 –Sinais e sintomas

mal estar geral febre alta amígdalas que apresentam ulcerações cheiro fétido dor intensa adenopatias cervicais e submandibulares Podem estar relacionadas com: Cáries dentárias Amigdalites de repetição

3.2 - AMIGDALITES CRÓNICAS 3.2.1 – Amigdalite críptica

Chama-se à inflamação crónica das amígdalas e traduz-se por hipertrofia e presença de massas caseosas nas críptas amígdalinas, com odor fétido causado por germes banais, saprófitas, aeróbios, anaeróbios, germes específicos, bacilo de kock, e muitas vezes por compostos de células epiteliais de descamação, restos alimentares e neutrófilos degenerados, denominadas de caseum.

3.2.1.1 - Sinais / Sintomas

Críptas alargadas

Superfície irregular

Hiperemia

Amígdalas hipertróficas

Sensação de corpo estranho, picadas

Odinofagia (por vezes)

Talvez otalgia reflexa

3.2.1.2 - Complicações

Locais:

Recidiva de amigdalite aguda

Abcesso peri amigdalino

Abcesso cervical

Gerais:

Nefrite

Alterações articulares

Alterações cardíacas ( febre reumática )

3.2.1.3 - Terapêutica Médica

Pouco eficaz

Penicilina benzatina ou eritomicina

Cirúrgica: Amigdalectomia

4 - ABCESSO PERI AMIGDALINO

Abcesso intra faringeo situados entre a cápsula da amígdala e a parede da faringe.

4.1 - Sinais / Sintomas

Febre elevada superior a 38ºC

Hipertrofia da amígdalas

Odinofagia

Disfagia cada vez mais acentuada

Voz nasalada ( alteração da fonação pela hipertrofia amigdalina )

Respiração difícil ( aumento da tumefação )

4.2 - Complicações

Locais:

Fleimão cervical

Tromboflebite da jugular interna

Gerais:

Nefrite

Abcesso pulmunar

Septicémia

4.3 - Terapêutica

1. Antibioterapia

2. Incisão no abcesso entre o 4/6º dias, com anestesia local, com drenagem da supuração.

3. Candidato a amigdalectomia, que se poderá efectuar ¾ semanas após término do abcesso ( porque tem uma maior incidência para novas recidivas ).

5 - AMIGDALECTOMIA

Antes da era antibiótica existia grande número de amigdalectomias, com o objectivo de controlar as infecções repetidas da garganta. Embora muitos dos quadros de infecções repetidas tenham passado a ser controlados com medicamentos, existem ainda circunstâncias em que há necessidade de praticar essa cirurgia

5.1 - Indicações absolutas

Aumento exagerado do tamanho das amígdalas com dificuldade na deglutição,

Aumento exagerado do tamanho, com dificuldade em respirar.

5.2 - Indicações relativas

Amigdalites de repetição que ocorrem 5 ou mais vezes por ano

Abcessos peri amigdalinos quando precedidos de amigdalites de repetição,

Amigdalites focais, por existência de focos de toxinas e bactérias armazenadas nas amígdalas

Mau hálito constante pelas amigdalites crípticas,

Convulsões febris, quando estas ocorrem por amigdalites

Apneia obstrutiva do sono, quando existe grande hipertrofia das amígdalas e que está acompanhada pelo sono inquieto.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cansaço Excessivo por Ser Sintoma de outros Problemas de Saúde

Com a rotina corrida do dia a dia, o tempo que se dedica a tarefas para descansar o corpo e a mente é cada vez mais reduzido. Entramos num processo em que o corpo começa a ficar desgastado e a mente não consegue se "desligar" daquele projeto no trabalho, das contas para pagar, do boletim das crianças, da pia que começou a vazar (de novo) e de outra listas situações. Tudo isso acaba acelerando um quadro de exaustão emocional, uma condição que é mais grave que a estafa e está a um passo do estresse e de suas consequências sérias para a saúde.


O conceito de exaustão está ligado ao conceito de estresse. O estresse é dividido em três níveis, chamados de alerta, reestruturação e, por fim, exaustão, que corresponde à fase em que o indivíduo já apresenta pensamentos negativos, falta de vontade de fazer as coisas, perda de sono, ansiedade acentuada, irritabilidade, entre outras características físicas como alergias, gastrites e enxaqueca.

A exaustão emocional, ao contrário do que se pode pensar, não está atrelada às condições de uma tarefa em si, mas a situações desagradáveis que acabam levando a um estresse psicológico. Como esclarece o especialista José Roberto Leite, chefe do núcleo de medicina comportamental da Unifesp, uma pessoa pode ter inúmeras tarefas para fazer relacionadas ao seu trabalho profissional. Porém, se gosta do que faz, isso não será um problema. "O perigo existe quando a pessoa fica muito tempo submetida a um estado de estresse psicológico, que aparece em função de uma situação desagradável qualquer", explica.

Essa pressão psicológica pode ser tanto externa, situações cujo controle não depende unicamente de uma pessoa, assim como ter origem interna, como características pessoais e qualidade de vida. "É fundamental que a pessoa fique atenta para não se submeter a essas pressões", afirma José Roberto Leite.

foto getty images

Diferença entre cansaço e exaustão

É comum dizer que estamos exaustos depois de um dia de esforço, seja físico ou mental. Porém, em geral, a verdade é que estamos cansados. Isso porque cansaço é caracterizado por um esgotamento momentâneo, eliminado de forma simples e instintiva, com boas horas de sono e atividades relaxantes. Já na exaustão, o desgaste é bem maior, na medida em que é constante, podendo ser eliminado apenas momentaneamente, de acordo com as distrações que cada um procura. Mas, a exaustão, só pode, na maioria das vezes, ser resolvida através de tratamentos e auxílio médico.

Segundo José Roberto, é possível identificar quando alguém passou de um estado de cansaço normal, para entrar em um processo de estresse. As próprias mudanças comportamentais, como excesso de pensamentos repetitivos e negativos, perda de interesse pelas coisas, falta de apetite, ansiedade, sensação de desamparo, irão indicar essa diferença. É importante também que familiares e amigos fiquem mais atentos ao notar qualquer alteração nesse sentido.

Situação sob controle

Como todos estamos expostos e não sabemos se (e quando) poderemos entrar em um estado típico de estresse, o ideal é nos forçar a adquirir hábitos que costumam deixar mais leve o nosso corpo e mente e ainda, liberam a nossa atenção para situações mais prazerosas. "Cuidados gerais com a saúde, exercícios de relaxamento e respiração, práticas meditativas, exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada, dedicação ao lazer, tudo isso, aliado a um suporte familiar e social contribui e muito para amenizar as tensões do dia a dia e auxiliar a contorná-las", explica o especialista da Unifesp.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Aprimore a ingestão de Vitamina D com estes alimentos

A vitamina D, conta a nutricionista Débora Almeida da Silva, ajuda no combate a hipertensão, no controle de peso e na prevenção da osteoporose, já que é fundamental para a manutenção do metabolismo do cálcio e, logo, no desenvolvimento ósseo. É importante lembrar também que ela tem importante papel no funcionamento adequado da tireoide e na secreção de insulina pelo pâncreas. "No sistema imunológico, ela é responsável por aumentar a funcionalidade das células Natural Killer (NK), responsáveis por destruir os invasores do sistema imunológico".

A principal fonte dessa vitamina é a luz solar, que estimula a produção da vitamina por nossa pele. Cerca de 10 a 15 minutos de contato com a luz do sol, de duas a três vezes por semana, evitando a exposição entre as 10h e 16h, já são suficientes. A obtenção pela luz do sol é preferível porque, os alimentos que contêm quantidades consideráveis de vitamina D também são ricos em gorduras e, por isso, deve-se tomar cuidado com o consumo.

A recomendação diária - fornecida pelo U.S. Dietary Reference Intake (DRI) - varia de acordo com a idade e o sexo:

Homens de 13 a 50 anos: 5 a 10 mcg/dia
Homens de 51 aos 70: 15 mcg/dia
Mulheres de 13 a 50 anos: 5 mcg/dia
Mulheres de 51 a 70 anos: 10 mcg/dia.

Confira abaixo alguns alimentos que possuem vitamina D, de acordo com a USDA National Nutrient Database for Standard Reference, e alguns conselhos de consumo:


Ovos - Getty Images Ovos

Esse alimento é rico em vitamina D, contando com 1,1 mcg a cada unidade grande. Para aproveitar ao máximo os nutrientes, a nutricionista Ana Flor Picolo recomenda o consumo do ovo fresco - o famoso ovo caipira -, porque a galinha produtora deste ovo não ingere hormônios, mantendo os nutrientes de seus ovos. Mas sem frituras: prefira ovos mexidos ou cozidos.

Sardinha e atum em lata - Getty Images
Sardinha e atum em lata

Prática, a sardinha e o atum enlatado são uma das principais fontes de vitamina D vindas da alimentação, contando com, 4,8 mcg e 6,7 mcg a cada 100g, respectivamente. Para aproveitar esses benefícios de forma saborosa, a nutricionista Ana Flor Picolo sugere usá-los no preparo de tortas, saladas, farofas e sanduíches.
Fígado de boi Fígado de boi - Getty Images
Fígado de boi

Embora essa parte do boi não seja apreciada por alguns, é fonte de vitamina D, apresentando 0,8 mcg a cada bife de, aproximadamente, 68g. A nutricionista Ana Flor Picolo aconselha que o bife seja consumido grelhado ou cozido, já que frito agregará mais gorduras.


Queijo cheddar Queijo cheddar - Getty Images
Queijo cheddar
Esse tipo de complementa a sua dieta quando o assunto é vitamina D. Cada 100g tem 0,6 mcg do nutriente. No entanto, com o processo industrial, é inevitável que ele perca parte de suas propriedades, como acontece com aquelas bisnagas prontas para o uso em lanches. Por isso, prefira os que passaram pelo menor processo de industrialização, como queijos cheddar artesanais, vendidos em rotisserias.

Juntando com o atum, que também é fonte da vitamina, em um pão com gergelim rende um delicioso sanduíche natural. A nutricionista Ana Flor Picolo aconselha que não se use produtos industrializados em seu preparo.

Manteiga
Manteiga - Getty Images

Melhor amiga do pãozinho, a manteiga é uma das opções para aprimorar seu consumo de vitamina D diária. 100g de manteiga tem 1,5 mcg. Mas, atenção: o tão querido pão na chapa não é o modo de preparo mais saudável, já que, quando aquecidas, as gorduras ficam saturadas. O processo de aquecimento também compromete as vitaminas. Por isso, prefira consumi-lo fresco, junto a um pão integral, já que as fibras melhoram a absorção de nutrientes.